Introdução: Jesus conta uma parábola visando confrontar os escribas e fariseus que o condenavam por receber pecadores e comer com eles.
Nós, cristãos, estamos sujeitos a cometer três graves erros:
1. Negar a prática do perdão como ensinado pelo nosso Senhor.
2. Murmurar contra o Pai, a exemplo dos judeus no Êxodo.
3. Deixar-se envaidecer a ponto de não mais reconhecer seus próprios erros.
Jesus contou esta história querendo que um grupo de ouvintes seus se identificasse com este homem “certo” aos seus olhos, porém errado aos olhos do Pai Celestial.
1. Errou ao acusar o seu irmão.
“Vindo, porém, esse teu filho, que desperdiçou os teus bens com meretrizes, tu mandaste matar para ele o novilho cevado” (v.30).
Este irmão mais velho errava quando ao julgar seu irmão.
- Nem o considerava mais como tal.
- Condenava-o como um perdido.
- Ele não conseguiu dimensionar o resultado da experiência de seu irmão.
- O Pai viu corretamente: “Entretanto, era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (v.32).
- Aprendemos com o nosso Pai a misericórdia. Que seria de Moisés, Davi e Pedro, por exemplo, se nosso Deus não fosse misericordioso e perdoador?
- Erramos gravemente se não aprendemos a distinguir um pecador perdido de um pecador remido – “Então, Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete” (Mt 18.21, 22).
2. Errou ao acusar o seu pai.
“Ele se indignou e não queria entrar; saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo. Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos” (vs.28, 29).
Errou ao murmurar contra seu pai.
- Ele reclamava de ser alvo de um tratamento desigual.
- Sentia-se injustiçado.
- O pai respondeu, mostrando-lhe a verdade: “Meu filho, tu sempre estas comigo; tudo o que é meu é teu” (v.31).
No Antigo Testamento murmuraram contra Deus no deserto, duvidando se Javé estaria mesmo presente e se ele realmente cumpriria suas promessas. A Bíblia também alerta para o fato de que nós, o rebanho de Jesus, continuamos correndo o risco de errar no tocante à murmuração contra nosso Pai – “Nem murmureis, como alguns deles murmuraram e foram destruídos pelo exterminador. Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado” (1 Co 10.10, 11).
3. Errou ao acusar a si mesmo.
“Mas ele respondeu a seu pai: Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com os meus amigos” (v.29).
- O irmão parece gêmeo do “Jovem Rico” da parábola em Lucas 18.18-23.
- Ele se julgava perfeito, sem erros. E este falso censo de justiça própria é terrivelmente danoso.
O terceiro erro deste homem que se julgava certo.
- Dispensou a humildade. A soberba é a avenida para o desastre (Pv.16.18).
- Os grandes homens de Deus foram todos humildes (Moisés: Ex 3.11; Gideão: Jz 6.14, 15; Jeremias: Jr 1.5; Pedro em Lucas 5).
Conclusão: Estes foram os três erros do homem que se julgava absolutamente certo.
Sua comunhão está rompida com algum outro irmão e você tem se negado a liberar perdão? Talvez você esteja envolvido no pecado da murmuração: Tem duvidado da fidelidade do Senhor. Tem se esquecido de que os méritos da sua salvação advêm do sangue do Cordeiro. Então ore agora e peça ao Espírito Santo para purifica-lo. Esteja livre destes erros.
Paulo Rogerio Petrizi