Introdução: a paternidade na sua mais profunda dimensão relacional muitas vezes aponta para uma reação sentimental de entrega, renúncia e proteção, e o que podemos enxergar neste contexto de mundo atual e que mesmo que o ofício paterno esteja em decadência ainda podemos vislumbrar em alguns contextos uma história de amor que permeiam a vida comum de pais e filhos.
Esta parábola aponta para um pai humano que não se curva diante das questões culturais, comportamentais e ao machismo evidente da época para mostrar de fato o que é uma história de amor de pai para filhos.
Queria pensar nas qualidades do pai da parábola para compreender em termos espirituais sobre a dimensão qualitativa do amor do Pai celestial, partindo do pressuposto das características citadas acima as quais se resumem para mim em uma palavra que define de fato a figura paterna de Deus; e esta palavra é DOAÇÃO.
Doação é a principal atividade da graça encontrada no pai
Doações do pai aos filhos como atitude de sua graça
I- Liberdade de escolha aos filhos (V 11-20 a)
· Mesmo que seja uma atitude inusitada que o magoe, ele se volta contra ele mesmo. O pedido do filho de parte da herança mostra a desconsideração para com o pai, isso gera mágoa (V 12)
· Mesmo que isso provoque consequências tristes para os filhos que fazem escolhas erradas. Escolhas erradas sempre causam danos e geram tristes consequências (v 13-14)
· Mesmo que isso gere tamanha humilhação, A pior humilhação para um judeu era ter que cuidar de porcos ainda mais desejar comer a comida deles,… ninguém lhe dava nada (v 15-16)
· Ao fazermos escolhas erradas ficamos expostos ao sofrimento até que nos voltemos de novo para Deus. Se o filho pródigo não tivesse sofrido jamais teria se voltado para o pai (V 17-20)
· Mesmo diante do sofrimento muitos não se voltam para Deus, rebelam ainda mais contra ele!
II- Expressão de amor incondicional (V 20 b –24)
· O amor incondicional do Pai celestial é revelado pelo amor demonstrado pelo pai do pródigo.
· Através do seu perdão – mesmo diante do desprezo e do pedido do filho pela parte da herança antes de morrer, este o perdoa. Aprendemos aqui que mesmo quando desprezamos o nosso Pai celestial, Ele está disposto a nos perdoar.
· Pela atitude de espera – “Quando o seu pai o avistou…” (V 20). Parece aqui que o pai está continuamente a espera do filho. Assim Deus nosso Pai está também a nossa espera!
· Através de compaixão “compadecido dele”… (V 20). O Pai sempre se compadece de nós!
· Pela sua iniciativa de ir ao encontro daqueles que sinalizam arrepender-se “… vinha ele ainda longe… correndo, o abraçou e o beijou” (V 20). Quando sinalizamos o arrependimento mesmo longe, o Pai celeste corre ao nosso encontro, porém é preciso se arrepender!
· Pela sua afeição “… correndo o abraçou e o beijou” (V 20) Quando nos voltamos para o Pai Ele nos abraça e nos beija nos dando o seu carinho!
· Pela sua restituição à nossa posição de filhos (V 22)
· Pela sua festa e alegria (V 23-24; Lucas 15:7-10)
III- Exercício de tratamento longânimo (V 25-32)
· Apesar de nossa indignação sem justificativa – “Ele se indignou…” (V 28)
· Apesar do nosso orgulho – “… e não queria entrar” (V 28)
· O Pai nos ensina a humildade Uma particularidade divina “… saindo, porém o pai…” (V 28).
· O pai procura nos conciliar com Ele, com os outros e conosco mesmo “… procurava conciliá-los” (V 28)
· Apesar da nossa justiça própria… a qual não passa de trapos de imundice por isso não podemos alcançar o favor divino, ter direitos diante de Deus – “… há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua…” (V 29 a)
· Apesar do nosso egoísmo “… nunca me deste um cabrito sequer para alegrar-me com meus amigos” (V 29). Temos sido muito egoístas. Às vezes achamos que sofremos quando na verdade não sabemos o que é sofrimento!
· Apesar do nosso ciúme e de nossa inveja (v 30)
· Apesar de o acusarmos injustamente, e questionarmos os seus caminhos – A acusação do filho mais velho era injusta, pois tudo que pertencia ao pai era dele também (V 29-31).
Conclusão: Deus tem nos dado a liberdade de escolha, temos alegrado ou entristecido o coração do pai com nossas escolhas? Lembre-se que Ele nos tem doado do seu amor e longanimidade e o que precisamos fazer é nos arrepender e irmos para sua direção, pois Ele ansioso nos espera. Está de braços abertos para nos receber só aguarda um sinal de arrependimento e rendição para correr ao nosso encontro. Que tal voltar hoje para os braços do pai aceitando o seu amor doador por você?
Pr. Carlos Norberto da Silva
Texto: Marcos 9:14-27
ResponderExcluirIntrodução: Temos o relato de muitos acontecimentos que a ciência não consegue explicar; pessoas que acordam de comas irreversíveis, são curadas de doenças incuráveis, tumores que desaparecem. Costumamos chamar esses acontecimentos inexplicáveis de milagres.
A Bíblia está cheia do relato de milagres: cegos que enxergam, paralíticos que andam, mortos que voltam a vida, mas na Bíblia temos a explicação de como esses milagres acontecem. Os milagres acontecem porque Deus resolve intervir na história humana. Milagres acontecem quando Deus entra na história. O texto de Marcos 9 nos apresenta uma situação assim, um menino que tinha convulsões desde a infância, fruto da ação de demônios.
O pai procurou ajuda várias vezes sem um resultado satisfatório, mas quando leva o problema a Jesus seu filho é liberto e curado. Vemos que quando Jesus entra na história.