Texto: Lucas 9.57-62
Quando Jesus e os discípulos iam pelo caminho, um homem disse a Jesus: Eu estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar onde o senhor for. Então Jesus disse: As raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar. Aí ele disse para outro homem: Venha comigo. Mas ele respondeu: Senhor, primeiro deixe que eu volte e sepulte o meu pai. Jesus disse: Deixe que os mortos sepultem os seus mortos. Mas você vá e anuncie o Reino de Deus. Outro homem disse: Eu seguirei o senhor, mas primeiro deixe que eu vá me despedir da minha família. Jesus respondeu: Quem começa a arar a terra e olha para trás não serve para o Reino de Deus.
Introdução: Os três diálogos da parábola devem ser compreendi- dos como em uma só unidade, pois nela esta a ideia central que Jesus ensina aos discípulos. As suas três características são cruciais para o entendimento: (Seguir a Jesus; Ir por Jesus; Por um preço alto).
O pano de fundo desta parábola está sob o contexto político do império romano, cujo governador é Herodes.
O contexto socioeconômico é agrícola e o contexto familiar estabelecido em formato de classes.
Primeiro Discípulo.
O primeiro candidato é impetuoso e não coloca nenhum tipo de condições para seguir a Jesus. E isso é o que muitos declaram hoje em dia, mas da boca pra fora. Logo em seguida Jesus o alertou, que não vai ser fácil, ele diz que as raposas tem suas covas e os passarinhos seus ninhos, mas o filho do homem não tem onde descansar. Vocês entenderam? Aqui Jesus deixa bem claro, que quando você toma essa decisão você é 24 horas 7 dias por semana um servo de Cristo, você não pode mais ser apegado ao mundo, aquela balada, aquela bebidinha, aquele filme com cenas eróticas, raiva de alguém, Egoísmo, e todas essas coisas já não fazem mais parte da sua vida. Você não tem mais onde descansar, isso foi um alerta de Jesus ao Homem.
1 Joao 2.15-17 - Não amem o mundo nem o que nele há. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens não provêm do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
João 12.25 - Aquele que ama a sua vida, a perderá; ao passo que aquele que odeia a sua vida neste mundo, a conservará para a vida eterna.
Não haveria nenhuma segurança humana.
Discipulado exige um sacrifício maior
1- O discípulo não pode controlar suas vidas. Deixe Jesus controlar a sua vida.
O discipulado nos leva do conforto natural dos “covis e ninhos” para o desconforto de uma peregrinação permanente sem chance de “reclinar a cabeça”
A primeira classe de pessoas é a que quer controlar a obra de Deus ela nunca tem tempo para Deus. Deus não esta em sua agenda. Porque ele só vai se isso, se aquilo eu quero dizer pra você nesta noite que quem controla a sua vida é o Espirito Santo. Porque o vento sopra aonde quer...
Felipe foi enviado para o deserto. Atos 8.26-28 - Apronte-se e vá para o Sul, pelo caminho que vai de Jerusalém até a cidade de Gaza. (Pouca gente passava por aquele caminho.) Filipe se aprontou e foi. No caminho ele viu um eunuco da Etiópia, que estava voltando para o seu país. Esse homem era alto funcionário, tesoureiro e administrador das finanças da rainha da Etiópia. Ele tinha ido a Jerusalém para adorar a Deus. Na volta, sentado na sua carruagem, ele estava lendo o livro do profeta Isaías.
Segundo Discípulo: Discipulado exige rever minhas prioridades.
O segundo jovem é convocado por Jesus. Mas a resposta vem em forma de um pedido: deixa ir primeiro sepultar meu pai.
O que não quer dizer que o pai dele estava morto ou em um funeral da época, mas que ainda estava vivo e que por tradição e costume da época na estrutura de classes familiares, o pai deveria ser honrado pelo filho ate o momento que chegasse a sua morte por- que ele era o primogênito. Então, isso mostra que o jovem não queria se desprender de seus compromissos humanos e sócios culturais, mas pedindo isso a Jesus, esperava que fosse comovê-lo a permitir primeiro cuidar de suas coisas para depois ir cuidar das coisas do Reino de Deus.
2– O discípulo não pode se prender a tradição. Só Jesus quebra a tradição.
Jesus não está negando o valor das relações familiares, pois sempre operou extraordinariamente nelas, mas reafirmando que nenhuma relação humana pode estar acima da relação com Ele e do compromisso de pregar o “Reino de Deus”.
Terceiro Discípulo: Discipulado exige foco
Este terceiro e ultimo dialogo e quase parecido com o segundo, ele se oferece mais com um pedido para ir se despedir, da mesma forma, a explicação esta relacionada ao fator familiar em formatos de classes, uma vês que isso significava e ainda significa nos nossos tempos na região iraquiana de que, o jovem de fato queria ir ver com os seus responsáveis se de fato esse negocio de ir seguir alguém sem destino certo seria de fato um bom negocio para se fazer na vida. Pois este termo funciona como uma chave, por exemplo, se alguém diz ao seu pai que estaria indo para uma nova cidade, isso certamente significaria; quer que seu pai morra? Porem não em sentido literal, mas em sentido de mudar de classe de vida. Na pratica o jovem queria ir mesmo era ver se isso seria um bom negócio.
3– O discípulo não pode ter alianças terrenas.
Conclusão: Jesus está procurando hoje homens e mulheres comprometidos em Lhe dar o primeiro lugar em suas vidas, e não apenas algumas noites de Quarta e do domingo à noite ou os anos da aposentadoria; Jesus está procurando hoje homens e mulheres focados integralmente Nele e na obra que Ele separou para realizar, homens e mulheres que não se conformam em seguir na corrente da religiosidade fria e vazia, sem objetivo definido, sem comprometimento.
Bispo José Antônio de Souza