Texto: Salmo 88
Introdução: Fico maravilhado com Hemã, o poeta que escreveu o Salmo 88.
Vejamos o que estava em seu coração:
1.Ele lamentou.
“Pois a minha alma está farta de males, e a minha vida já se abeira da morte” (v.3).
Seu destino na vida era agonia sem consolo.
2. Ele estava exausto pelo sofrimento. Ele reclamou!
“Ando aflito e prestes a expirar desde moço; sob o peso dos teus terrores, estou desorientado” (v.15).
“Ando aflito…”, Hemã olhou para trás e lembrou-se da saúde fraca e do infortúnio, olhou ao redor e viu adversidade e abandono, olhou para cima e não encontrou consolo.
3. Ele se sentia “à deriva, desamparado”.
“atirado entre os mortos; como os feridos de morte que jazem na sepultura, dos quais já não te lembras; são desamparados de tuas mãos” (v.5).
4. Ele se sentia “na escuridão”.
“Puseste-me na mais profunda cova, nos lugares tenebrosos, nos abismos” (v.6).
5. Ele se sentia “afligido, desorientado”.
“Sobre mim pesa a tua ira; tu me abates com todas as tuas ondas. Ando aflito e prestes a expirar desde moço; sob o peso dos teus terrores, estou desorientado” (vs.7, 15).
6. Ele se sentia “rejeitado, desprezado”.
“Por que rejeitas, Senhor, a minha alma e ocultas de mim o rosto?” (v.14).
Não conseguia ver luz no fim do túnel, nenhuma solução para sua tristeza.
7. Ele também tinha uma fé persistente, perseverante.
“Ó Senhor, Deus da minha salvação, dia e noite clamo diante de ti. Os meus olhos desfalecem de aflição; dia após dia, venho clamando a ti, Senhor, e te levanto as minhas mãos. Mas eu, Senhor, clamo a ti por socorro, e antemanhã já se antecipa diante de ti a minha oração” (Vs.1, 9, 13).
Há mais em Hemã do que mera franqueza. Apesar de seus muitos problemas, agarrou-se a Deus e clamou a Ele “dia e noite”.
A honestidade de Hemã aquece a minha alma. Cristãos que nunca lutam me confundem. Claro, há um equilíbrio: ninguém quer estar perto daqueles que tagarelam o dia todo sobre seus problemas, mas faz bem ao meu coração saber que alguém mais tem sofrido.
8. Não parou de orar, não desistiu.
“Será referida a tua bondade na sepultura? A tua fidelidade, nos abismos? Acaso, nas trevas se manifestam as tuas maravilhas? E a tua justiça, na terra do esquecimento?” (vs. 11, 12).
E apesar de não sentir naquele momento, Hemã reconheceu a bondade, a fidelidade e a justiça de Deus.
Conclusão: A oração é o solo mais apropriado para o crescimento da esperança.
Gosto de pessoas como Hemã. Elas fortalecem minha ligação com Deus e me lembram de nunca deixar de orar.
Baseado em texto de David H. Roper
Roberto e Lourdes – robertoelourdes@gmail.com