Texto: Deuteronômio 6:1-5
“Deuteronômio” significa “segunda lei” ou “repetição da lei”. Moisés, depois de liderar o povo durante 40 anos no deserto, ao aproximar-se da terra prometida, faz suas despedidas recordando o extraordinário cuidado de Deus na caminhada e exortando o povo a ser fiel na nova terra, onde entrariam sob a liderança de Josué. O verso que sintetiza suas orientações é o v. 5: “amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”. Em 2013 estaremos focados neste desafio de amar totalmente o Senhor. Como este amor pode se tornar realidade efetiva?
I. Amor Da Aliança
(v. 1 a “Estes, pois, são os mandamentos...”)
Não mantemos com Deus uma relação religiosa, institucional, ritual e formal! Ele nos encontrou, falou conosco (Deuteronômio 1:6) e providenciou o registro de Sua comunicação, para que ficasse bem claro os termos de nossa convivência com ELE: uma aliança que envolve privilégios, mas também grandes responsabilidades que só poderão ser cumpridas por meio do AMOR.
II. Amor Para Ser Aprendido
(v. 1b-2 “Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos eu mandou o Senhor, teu Deus, se te ensinassem, para que os cumprisses na terra que passas a possuir; para que temas ao Senhor Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida...”)
Amor não é um mero caminho de apreensão intelectual: ele envolve teoria e prática, conhecimento e vivência, ou seja, carece de uma caminhada longa de aprendizado que vai da conversão à glorificação. Assim, só pode amar genuinamente quem, humildemente, admite que não ama e, ao mesmo tempo, matricula-se na escola do amor como um aluno responsável e disciplinado, buscando para si e para a família uma experiência concreta de vivência do amor.
III. Amor Transformador
(v. 2b-3 “... e que teus dias sejam prolongados; ouve, pois, ó Israel, e atenta em os cumprires, para que bem te suceda, e muito te multipliques na terra que mana leite e mel, como disse o Senhor, Deus de teus pais”)
O amor de Israel tinha uma dimensão vertical, mas não deveria ser uma mera experiência secreta e mística com Deus, alienante e utópica. Pelo contrário, a “geografia do amor” era a terra da promessa, lugar que seria palco dos sinais claros inequívocos de um povo que vivia aliança: uma vida com quantidade, qualidade e influência! Hoje, igualmente, o Senhor nos chama para um amor que proporcione a transformação da cidade que Ele nos plantou (João 13:35).
IV. Amor Exclusivo
(v. 4 “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Deuteronômio 6:4)
O amor envolve sempre o “shemá” = “ouvir” = receber, entender, praticar e partilhar a Palavra do Senhor. Amar significa reconhecer praticamente que Deus é autoridade absoluta das nossas vidas, em todas as áreas e em todo tempo! Isaias 44:6 “Assim diz o Senhor, o Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos – eu sou o primeiro e o último e além de mim não há Deus”!
V. Amor Pleno
(v. 5 “Amarás, pois, o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força”)
O verso 5, que resume todos os versos anteriores, convoca-nos para um amor completo: que vem de dentro, que não estabelece nenhum limite, que determinadamente, integralmente e intensamente se dá ao Senhor, num relacionamento íntimo que desemboca em proclamação e serviço.
Conclusão
Somos desafiados a viver
- AMANDO – um amor contínuo
- TOTALMENTE – um amor crescente
- SENHOR – um amor de servo
Que Deus nos leve a amá-LO da forma que ELE espera, é a minha oração!
Pr. Jair Francisco Macedo