Texto: Marcos 3:31-35
Textos Complementares: MC 3:21/Lc 2:51/Jo 4:34; 19:26,27.
Para memorizar: “Pois quem faz a vontade de Deus é meu irmão, irmã e mãe”.(Mc 3:35)
Introdução: Já tivemos a oportunidade de mencionar sobre a dificuldade que a família de Jesus tinha de encarar o Seu ministério. Hoje, novamente ela vem à sua procura. Não declarando os seus motivos, demonstra haver alguma inquietação perturbando seus pensamentos a respeito d'Ele.
1. Ficando da parte de fora
O primeiro elemento estranho percebido na atitude da família de Jesus, é que ela não estava junto da multidão desde o início da Sua ministração. E mesmo quando chegou, ela não fez questão de juntar-se aos outros, ficando do lado de fora. Concluímos que ela não estava ali para apoiá-lo. Talvez permanecesse com as mesmas impressões do passado de que Ele estivesse fora de si.
A exemplo do que se deu com Jesus, é possível que você também tenha pessoas da sua própria família que insistam em ficar do “lado de fora” da sua experiência cristã. Pessoas que resistem participar das coisas que agora fazem parte da sua nova vida em Cristo. Talvez critiquem seu fervor religioso, reclamem da sua ausência em casa, ou ainda, não gostam do seu novo jeito de viver e falar. Por isso, querem permanecer do lado de fora, torcendo para que você desista de tudo e saia para estar onde eles estão.
2. Quem é minha mãe e meus irmãos?
Alguns pensam que Jesus tratou sua família de forma desrespeitosa, ao perguntar sobre quem era sua mãe e seus irmãos. Mas não foi bem assim. A Bíblia sempre nos apresentou um Jesus submisso aos seus pais (Lc 2:51) e zeloso pelo cuidado de sua mãe, fazendo-lhe provisão, mesmo para depois da sua morte (Jo 19:26-27).
Porém, Ele estava certo de que até mesmo seus parentes íntimos poderiam ser instrumentos para desviá-lO do propósito original estabelecido pelo Pai. Ele tinha de estar atento a essa possibilidade, para não se deixar levar pelo afeto familiar e correr o risco de fracassar em Sua missão.
Quando disse “quem é minha mãe e quem são meus irmãos”, estava ensinando aos discípulos que as pessoas mais importantes para Ele, naquele momento, eram as que estavam ao Seu redor ouvindo sobre o Reino de Deus.
Geralmente se troca tudo e todos pela família. Mas Jesus trocava tudo e todos pelo cumprimento da vontade soberana de Seu Pai, que O enviara para realizar a Sua obra (Jo 4:34)
3. “E olhando em redor... Eis aqui minha mãe e meus irmãos!”
O Mestre precisava ensinar que no Reino de Deus não havia um lugar de honra para ninguém relativo ao título recebido na terra: pai, mãe, doutor, pastor, etc. Sua própria família corria o risco de ficar do lado de fora, se não se propusesse a andar no mesmo caminho de obediência dos demais.
O nosso título não impressiona a Deus, e sim nossa obediência. Aqueles que estavam ao Seu redor foram considerados homens e mulheres especiais, não porque fizessem parte de alguma família importante, mas porque estavam ali fazendo a coisa mais importante da vida: a vontade de Deus.
Conclusão: Precisamos tomar o devido cuidado para não nos privarmos das coisas relacionadas ao Reino de Deus. A incredulidade pode nos deixar de fora. A religiosidade, ansiedade, mágoa, e outras coisas mais, uma vez concebidas no coração, certamente nos deixarão alheios às coisas celestiais. Precisamos entender também que as pessoas honradas por Deus, são as que realmente estão preocupadas em agradá-Lo, fazendo Sua vontade. Ele não se impressiona com títulos, e sim com corações voluntários para fazer o que Lhe apraz.
Aplicação: Procure, nesta semana, envolver um membro de sua família nas atividades que agora têm feito parte de sua vida. Na medida do possível, não O deixe do “lado de fora”. Se houver resistência, compreenda-o e não se afaste dele.
Continue demonstrando amor e respeito por todos os seus familiares, na esperança de que um dia eles também sejam tocados.