- O profeta Naum viveu muitos séculos antes de Cristo. Profetizou a decadência do megalomaníaco império assírio e a queda irremediável de Nínive, a cidade impiedosa e sanguinária.
- No meio, porém, dessa devastadora tempestade do juízo divino, Naum ergue sua voz para anunciar três verdades consoladoras: a bondade de Deus, o socorro de Deus e o conhecimento de Deus:
“O Senhor é bom, é fortaleza no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam”(Na 1.7).
Vamos analisar essas três verdades:
1. A bondade de Deus é a âncora da nossa esperança.
“O Senhor é bom…”. Deus é bom, essencialmente bom.
- Em sua bondade ele nos dá o que não merecemos. Nada merecemos, e ele tudo nos dá.
- Ele faz o sol brilhar sobre os maus e cair sua chuva até mesmo sobre os que zombam dele.
- Sua graça comum estende-se sobre ímpios e pios, sobre arrogantes e humildes, sobre ricos e pobres.
- A terra está cheia da sua bondade.
- As obras da criação e as ações de sua providência refletem sua generosa bondade.
- Ele nos dá vida e preserva nossa saúde.
- Ele nos dá o pão de cada dia e nos dá prazer para saboreá-lo.
- Ele nos dá a família e nos alegra o coração com o banquete do amor. Mas, a bondade de Deus pode ser vista em seu pleno fulgor por intermédio de sua graça especial.
- Jesus é o dom supremo da bondade de Deus e a salvação que ele nos trouxe, sua dádiva mais excelente.
- Porque Deus é bom podemos navegar em segurança, mesmo pelos mares encapelados da vida.
2. O socorro de Deus é a âncora da nossa paz.
“… é fortaleza no dia da angústia…”.
- Deus não abandona o seu povo nas batalhas mais amargas da vida.
- Ele não desampara os seus nos vales escuros da caminhada.
- Ele caminha conosco pelas ondas revoltas, pelos rios caudalosos e pelas fornalhas acesas.
- Ele inspira canções de louvor nas noites escuras e coloca em nossos lábios um cântico de vitória, mesmo quando as lágrimas grossas rolam pela nossa face.
- Ele é nossa cidade refúgio, nosso escudo protetor, nosso amigo mais achegado, nosso abrigo no temporal.
- Nem sempre ele nos livra da angústia, mas sempre é fortaleza no dia da angústia.
- Nem sempre nos livra do fogo ardente das provas, mas sempre nos livra nas provas.
- O fogo das provas só pode queimar nossas amarras, mas não pode tostar sequer um fio de cabelo da nossa cabeça.
- Nem sempre Deus nos livra da morte, mas sempre nos livra na morte e nos leva a salvo para o seu reino celestial.
- O futuro pode ser incerto para nós; jamais, porém, o será para Deus.
- Ele nos toma pela mão direita, nos guia com o seu conselho eterno e depois nos recebe na glória.
- Caminhamos de força em força, de fé em fé, sendo transformados de glória em glória até entrarmos pela cidade santa pelas portas.
3. O conhecimento de Deus é a âncora da nossa segurança.
“… e conhece os que nele se refugiam”.
- Nossa segurança está no fato de Deus nos conhecer.
- O conhecimento de Deus não é apenas um assentimento intelectual, mas sobretudo, um afeto relacional.
- Quando o profeta diz que Deus nos conhece, quer dizer que Deus nos ama e nos ama com amor eterno.
- Nossa segurança não está simplesmente no fato de que conhecemos a Deus, mas, sobretudo, no fato de que ele nos conhece (Gl 4.9).
- Deus conhece os que lhe pertencem e aqueles que nele se refugiam. Jesus conhece suas ovelhas, dá-lhes a vida eterna e ninguém as arrebata de suas mãos.
- Em Deus temos segurança inabalável. Nele temos salvação eterna, pois ele é refúgio no dia da angústia e conhece os que nele se refugiam.
- A tempestade pode estar devastadora lá fora, mas refugiados nos braços de Deus, dentro da arca da salvação, temos uma âncora firme e inabalável de esperança, paz e segurança!
Autor: Rev. Hernandes Dias Lopes