Texto: II Timóteo 2:22
Introdução:
O presente tema visa trazer a consideração alguns pensamentos que envolvem uma atitude de autodisciplina cristã e tem como ponto de partida o conselho do apostolo Paulo a Timóteo: “Foge dos desejos da mocidade”
I. O DESEJO DE INDEPENDÊNCIA.
Paira no coração de cada jovem um desejo de ser independente, de ser absoluto, de exercer por si mesmo o comando de sua própria vida. E tal desejo costuma se acentuar em diferentes áreas da vida dos jovens.
1. Independência do lar. Pv. 1:1 – I Rs 3:3 – Pv. 17:6 – Pv. 23:22 Pv. 15:20 – II Sm 14:28
2. Independência da comunidade. Lc 15:13
3. Independência da igreja
Milhares de jovens têm perdido sua fé nos dias que findam a adolescência e iniciam a juventude, quase sempre motivados por esse desejo inato de independência da igreja. Às vezes a igreja não lhes soa atraente, existe não raro um ambiente de aparente hostilidade, desprezo ou falta de oportunidade para os jovens, os quais procuram ou são atraídos a outros campos e então se transformam em filhos pródigos.
O cuidado deve ser grande, a atenção deve ser multiplicada, para ajudar os jovens a permanecerem na igreja. Cremos que uma das melhores receitas se chama OCUPAÇÃO na casa de Deus. Outro remédio que sempre funciona é criar um ambiente de amor a igreja dentro do lar. Só isto poderia bloquear o espírito de independência da igreja que muitíssimas vezes tem assaltado os jovens. Lucas 2:42, 46 – Lucas 4:16
4. Independência de Deus.
Este é o ponto crucial, esta é a mais triste decisão. Pior que afastar-se da comunidade, é afastar se Deus, principalmente quando este afastamento é acompanhado de certo raciocínios “lógicos” de que Deus não existe, a igreja está superada, a Bíblia é um livro obsoleto etc.
II. O DESEJO DE SER BELO
Embora não se costuma noticiar, existe dentro da maioria dos corações jovens um sutil desejo de se projetar através da beleza física, através do senso estético, dos músculos rijos, da aparência de “Galã” etc.
1. Na verdade, isto é um espírito de vaidade. Pv 6:25 – 30:8 – I Pe 3:3-4 – I Rs 16:13
2. O espírito de competição está bem patente nestes casos. Muitas moças alimentam interiormente uma vontade quase incontrolável de serem “manequins”, ou “misses Brasil, etc. Ester 2:3
3. Isto costuma gerar sérios problemas, muitas vezes de ordem psicológica, como a terrível frustração de não atingir o alvo, outras vezes a procura depressão que pode ser motivada por motivos alheios a vontade pessoal do jovem, como certos defeitos físicos ou estéticos e finalmente os problemas financeiros que podem ser criados com gastos excessivos, para manter um padrão de aparência acima do suportável, por causa do desejo da mocidade. Isaias 55:2
4. Este pode ser finalmente, a matriz de alguns complexos, tanto para cima como para baixo. E, como todos sabem os complexos não deve fazer parte do comportamento regular do cristão.
III. O DESEJO DE ENRIQUECER
Todos nós devemos ter dado conta de que na imensa maioria das mentes juvenis existe um sutil desejo de tornar-se famoso e rico. Naturalmente isto faz parte dos conhecidos e universais “sonhos da mocidade”
Escapam a esta regra os jovens que não nutrem qualquer interesse pela vida, que não alimentam qualquer paixão de entusiasmo por ela e que não vislumbram qualquer futuro importante para si mesmo.
O jovem precisa ser bastante vigilante nesta área, por causa das muitas ofertas que o mundo atualmente apresenta como uma formula “mágica” ou “misteriosa” para fazê-lo atingir seus objetivos.
As ofertas são inúmeras, mas todas ilusórias. O mundo sugere que os jovens podem ser ricos através das diferentes formas de loteria que atualmente existem, no Brasil e fora dele. Podemos ser famosos através do uso de praticas consagradas entre outros jovens, tais como o habito de fumar algo bastante “charmoso”, a dolorosa experiência do “embalos, a moda “chique de periodicamente usar um “tragos”, as idas regulares a um baile, a perversa pratica de uso de motéis etc.
Também faz parte do elenco de oportunidades para enriquecer facilmente a tentação da desonestidade. Quantos têm cedido diante desse provocador e sinistro golpe de Satanás.
A única medicina aplicável é a conservação dos padrões bíblicos.
A verdadeira riqueza que deve ser almejada e perseguida pelo jovem cristão são as riquezas da graça, Ef 1:7 e as riquezas da glória, Ef 2:9. São eternas provisões de Deus para o bem estar de nossa alma, e não fantasias para o nosso corpo.
V. O DESEJO DE CONHECER
A sede do saber pode muitas vezes ser devidamente justificada. Fomos criados com uma mente capaz de assimilar uma infinita soma de conhecimento. Temos sido privilegiados por Deus com a memória capaz de reter uma gama quase infinita de informações.
Mas não permitamos que a sede do saber seja poluída pelo conhecimento daquilo que não produz vantagens para nossa vida como servos de Deus.
Devemos possuir bastante sabedoria para não armazenarmos excesso de conhecimento, principalmente aquele que pode ajudar-nos a destruir-nos nós mesmos. Sabe-se de muitíssimos casos de pessoas que se afastaram tanto dos pés de Jesus, em busca de “conhecimento” periférico, que nunca mais a Ele voltaram e morreram perdidos dentro de seu conhecimento e fora da presença de Deus.
Paulo recomenda que cada um de nós saiba apenas aquilo que racionalmente lhe convém saber, Rm 12.3.
O salmista declarou abertamente que não estava interessado em saber coisas que não ultrapassassem a necessidade real de conhecê-las, Sl 101.3.
Frequentemente a fome de conhecimento pode induzir a pessoa a certo desprezo pelos mais velhos, principalmente por aqueles que não foram tão aquinhoados com possibilidade de alcançar maior soma de conhecimentos para sua própria vida.
O padrão de conhecimento de um jovem não deve ultrapassar o limite de sua fé, para o seu próprio bem. É claro que não estamos sugerindo um patrulhamento naquilo que ele deve ler ou estudar, ou procurar, mas estamos paternalmente sugerindo que tenham bastante sensibilidade espiritual para não se envolver com venenos que poderão eventualmente destruir todo o fundamento de sua fé, arruinar por completo sua alma e fazê-los perder o maior tesouro que vieram a adquirir: sua salvação pessoal e sua comunhão com Deus.
CONCLUSÃO:
Que cada jovem seja ungido pelo Espírito Santo o suficiente para fugir dos desejos da mocidade e manter-se, incólume, nessa quadra da vida, batalhando pela fé que uma vez foi entregue aos santos, Judas 3.
Pr. Geziel Gomes