“Não foram três os homens amarrados que nós atiramos no fogo? Eles responderam: “Sim, ó rei”. E o rei exclamou: “Olhem! Estou vendo quatro homens, desamarrados e ilesos, andando pelo fogo, e o quarto se parece com um filho dos deuses” (Daniel 3.24b-25 – NVI).
No mês de dezembro estamos celebrando o natal de Jesus, também chamado pelo nome de Emanuel, que significa “Deus conosco” (Mateus 1.23). Fazendo aplicação pessoal, já vimos que ele está comigo na solidão; hoje, veremos que está comigo na provação.
Em três passagens bíblicas que relatam experiências históricas, veremos como se manifesta a presença de Jesus, mesmo no Antigo Testamento, antes da sua encarnação (João 8.58), como o Cristo que “ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13.8).
A presença de Jesus como o Redentor do aflito e oprimido.
Jó era um “homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desviava o mal” (Jó 1.1), mas foi provado e perdeu todos os seus bens (1.14-17), todos os seus filhos (1.18-19), a sua saúde (2.7), o companheirismo da esposa (2.9-10) e a compreensão dos seus amigos (16.2). No meio do sofrimento e das lamentações, nasce uma esperança! “Eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus” (19.25-26). Tiago aplica: “Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo (Tiago 5.11. Ler Jó 42.5-6, 12).
A presença de Jesus como libertador na fornalha ardente.
Os três amigos de Daniel: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, não se curvaram nem adoraram o ídolo construído pelo poderoso Nabucodonosor (Daniel 3.1-18). Por isso, foram amarrados e lançados na fornalha de fogo ardente (Daniel 3.19-23). “Então, o rei Nabucodonosor se espantou, e se levantou depressa, e disse aos seus conselheiros: Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo? Responderam ao rei: É verdade, ó rei. Tornou ele e disse: Eu, porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, sem nenhum dano; e o aspecto do quarto é semelhante a um filho dos deuses” (Daniel 3.24-25). O quarto homem, na revelação bíblica, é Jesus, o Filho do Deus vivo! Mesmo o rei pagão reconheceu que “não há outro deus que possa livrar como este” (Daniel 3.28-30). Nem sempre Jesus nos livra da fornalha, mas está conosco na fornalha.
A presença de Jesus como o intercessor.
Os inimigos do Evangelho, não podendo resistir à sabedoria do Espírito através de Estevão, o condenaram à morte por apedrejamento (Atos 6.8-15; 7.57-59), mas ele permaneceu fiel até à morte (7.59), perdoou seus algozes (7.60) e relatou a causa da sua vitória: “Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus” (Atos 7.56).
A presença de Jesus é o segredo de nos sentirmos felizes nas provações, pois elas contribuem para o nosso amadurecimento (Tiago 1.2-4).
Autor: Mathias Quintela de Souza