Texto: Salmo 127:2
Introdução: O profeta Ageu declara que Deus é o dono de todo ouro e prata que há na terra (2.8). Esta verdade equivale a dizer que Deus detém em suas mãos todas as riquezas que há no mundo. Já o salmista Davi – em uma linguagem poética – afirma que: “Ao Senhor pertence a terra e tudo O que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (SI 24.1). Em outras palavras, o salmista está dizendo que Deus é o dono da terra, exatamente porque a criou e sustenta!
O texto que vamos analisar na sequência está contido no Salmo 127, o salmo da família que, entre outras coisas, revela o cuidado amoroso de Deus para com seus filhos nas diversas áreas do lar. Como garantir o sustento do amanhã? Melhor, como viver de maneira despreocupada – do ponto de vista econômico – diante de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, exigente e estupidamente selvagem? A resposta não está no homem, com suas ciências econômicas, políticas e sociais) e soluções paliativas, relativistas e circunstanciais, mas em Deus, e em sua Palavra, que é fiel e verdadeira, pois não falha e tem seu cumprimento garantido, veja Isaías 55.10,11; Mateus 6.33).
Proposição: A manutenção financeira no lar depende da devoção sincera de seus membros a Deus.
I. “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde”.
- A crítica é dirigida a uma pessoa trabalhadora, que busca prosperar por meio de muito trabalho. Dirige-se a indivíduos que não se importam em levantar às quatro horas da madrugada, e dormir após a meia noite. De forma geral, a maioria das pessoas pensam e age desse modo!
- Por que Deus considera inútil o esforço árduo de um trabalhador? Será que Ele tem alguma coisa contra o trabalho honesto e suado? (Veja Gênesis 3.17-19). Em absoluto. Na verdade, Deus não tem nada contra o trabalho, muito ao contrário, Jesus afirmou diante de alguns fariseus que Deus nunca parou de trabalhar desde a Queda do homem (João 5.17), além disso, o apóstolo Paulo determinou aos tessalonicenses que “…se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Tessalonicenses 3.10).
- A palavra inútil significa: “baldado, vão, estéril” (Dicionário Aurélio) e o sentido que mais se harmoniza ao que o salmista escreveu tem a ver com algo sem resultado concreto, que todo esforço não levará a lugar algum.
- Há duas palavras hebraicas que traduzem bem o conceito de inutilidade; veja: shãw: vacuidade, vaidade, falsidade e tem o sentido de “em vão, inutilmente ou à toa”, shãw ’ tem a ver com tudo aquilo que é impalpável, sem valor real; a outra palavra é mais forte: beliya’al inutilidade, belial é uma palavra derivada de beli (não, sem) + ya’al (ser de uso, útil, lucrativo). Fonte: Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (Ed. Vida Nova).
- Na verdade, a crítica divina é dirigida a uma pessoa que confia em si mesma, que vê no trabalho ou no esforço pessoal a única forma segura de prosperar (veja Deuteronômio 8.17,18), que não inclui em sua lista de “investimentos” o Reino de Deus, que à semelhança do homem louco e avarento denunciado por Jesus, amontoa em celeiros sem se importar com o iminente juízo divino (Lucas 12.20 – prestação de contas).
- A inutilidade está no resultado final de todo esforço, na insegurança do amanhã sem Deus, no desperdício que deverá ocorrer quando o “devorador” atacar (veja Malaquias 3.11). Para esse, o pão é sempre penoso, ou é um “pão de dores” (ARC), que custa caro, que vem apenas com trabalho árduo.
II. “…aos seus amados ele o dá enquanto dormem”.
- O sentido correto desta frase aparece na bela tradução da Bíblia NVI, vejamos: “O Senhor concede sustento aos seus amados enquanto dormem”. Está claro que Deus age no “turno da noite”, que opera num momento que muitas vezes ignoramos. Dormir nesse caso tem a ver com “descansar” em Suas promessas. O texto nos faz lembrar do povo de Israel no deserto, pois o maná descia pela madrugada, quando todos dormiam (veja Êxodo 16.7).
- A expressão “seus amados” é uma referência direta a pessoas especiais. Mas, afinal quem são os amados do Senhor? Será que Deus faz acepção de pessoas? Será que Ele é parcial, amando um mais do que outro? Absolutamente não! Não é Ele quem muda segundo as circunstâncias ou se determina pelas aparências, o problema não está em Deus, mas nos seus filhos (veja Efésios 6.9).
- Estamos diante de pessoas que conhecem e se adaptam à vontade de Deus. Está em foco aqueles crentes que confiam em Deus e por isso Ele não os decepciona. Essa confiança se converte em atos concretos de obediência irrestrita e inegociável da Palavra de Deus. Quem dizima e oferta regularmente, cumpre a sua mordomia fielmente e expressa com isso a sua confiança na providência divina.
- Jesus disse a seus discípulos qual é a “marca registrada” do nosso amor a Deus; veja: “ (…) Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o amará (…) Aquele que não me ama não obedece às minhas palavras” (João 14.23,24 – NVI). Quem ama a Deus não questiona as Suas leis, não prioriza os seus próprios interesses, antes busca dar ao Senhor e a seu Reino a primazia, as primícias, o melhor e não as sobras (veja Provérbios 3.10,11; Mateus 6.33).
- Segundo o salmista, Deus demonstra o Seu amor, contentamento, alegria com os Seus filhos obedientes por meio de atos de providência, de abastança, de abundante suprimento. Paulo confirma isso quando ora pelos crentes fiéis (na mordomia- v. 15 e 16) de Filipos: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4.19). O crente que deseja crescer financeiramente, deve se esforçar não por trabalhar demasiadamente, mas em ser fiel a Deus.
Conclusão: O esforço humano para melhorar de vida, como estudar, trabalhar, poupar e fazer bons investimentos, somente terá resultados positivos e duradouros, se contar com a bênção integral de Deus. No Antigo Testamento, encontramos uma história interessante que apoia a compreensão do resultado da nossa obediência à mordomia do dinheiro, e trata da mãe de Moisés que não podendo ocultá-lo dos soldados de Faraó, acabou por “entregá-lo” aos cuidados de Deus e Ele por sua vez devolveu a criança para Joquebede, mas acompanhada de um salário regular (veja Êxodo 2.1- 10). Pois é precisamente isso que nos acontece quando decidimos entregar ao Senhor nossos dízimos e ofertas, Ele nos abre as janelas e portas do céu a fim de suprir ricamente cada necessidade que tivermos (Malaquias 3.10).
Introdução: O profeta Ageu declara que Deus é o dono de todo ouro e prata que há na terra (2.8). Esta verdade equivale a dizer que Deus detém em suas mãos todas as riquezas que há no mundo. Já o salmista Davi – em uma linguagem poética – afirma que: “Ao Senhor pertence a terra e tudo O que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (SI 24.1). Em outras palavras, o salmista está dizendo que Deus é o dono da terra, exatamente porque a criou e sustenta!
O texto que vamos analisar na sequência está contido no Salmo 127, o salmo da família que, entre outras coisas, revela o cuidado amoroso de Deus para com seus filhos nas diversas áreas do lar. Como garantir o sustento do amanhã? Melhor, como viver de maneira despreocupada – do ponto de vista econômico – diante de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, exigente e estupidamente selvagem? A resposta não está no homem, com suas ciências econômicas, políticas e sociais) e soluções paliativas, relativistas e circunstanciais, mas em Deus, e em sua Palavra, que é fiel e verdadeira, pois não falha e tem seu cumprimento garantido, veja Isaías 55.10,11; Mateus 6.33).
Proposição: A manutenção financeira no lar depende da devoção sincera de seus membros a Deus.
I. “Inútil vos será levantar de madrugada, repousar tarde”.
- A crítica é dirigida a uma pessoa trabalhadora, que busca prosperar por meio de muito trabalho. Dirige-se a indivíduos que não se importam em levantar às quatro horas da madrugada, e dormir após a meia noite. De forma geral, a maioria das pessoas pensam e age desse modo!
- Por que Deus considera inútil o esforço árduo de um trabalhador? Será que Ele tem alguma coisa contra o trabalho honesto e suado? (Veja Gênesis 3.17-19). Em absoluto. Na verdade, Deus não tem nada contra o trabalho, muito ao contrário, Jesus afirmou diante de alguns fariseus que Deus nunca parou de trabalhar desde a Queda do homem (João 5.17), além disso, o apóstolo Paulo determinou aos tessalonicenses que “…se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Tessalonicenses 3.10).
- A palavra inútil significa: “baldado, vão, estéril” (Dicionário Aurélio) e o sentido que mais se harmoniza ao que o salmista escreveu tem a ver com algo sem resultado concreto, que todo esforço não levará a lugar algum.
- Há duas palavras hebraicas que traduzem bem o conceito de inutilidade; veja: shãw: vacuidade, vaidade, falsidade e tem o sentido de “em vão, inutilmente ou à toa”, shãw ’ tem a ver com tudo aquilo que é impalpável, sem valor real; a outra palavra é mais forte: beliya’al inutilidade, belial é uma palavra derivada de beli (não, sem) + ya’al (ser de uso, útil, lucrativo). Fonte: Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento (Ed. Vida Nova).
- Na verdade, a crítica divina é dirigida a uma pessoa que confia em si mesma, que vê no trabalho ou no esforço pessoal a única forma segura de prosperar (veja Deuteronômio 8.17,18), que não inclui em sua lista de “investimentos” o Reino de Deus, que à semelhança do homem louco e avarento denunciado por Jesus, amontoa em celeiros sem se importar com o iminente juízo divino (Lucas 12.20 – prestação de contas).
- A inutilidade está no resultado final de todo esforço, na insegurança do amanhã sem Deus, no desperdício que deverá ocorrer quando o “devorador” atacar (veja Malaquias 3.11). Para esse, o pão é sempre penoso, ou é um “pão de dores” (ARC), que custa caro, que vem apenas com trabalho árduo.
II. “…aos seus amados ele o dá enquanto dormem”.
- O sentido correto desta frase aparece na bela tradução da Bíblia NVI, vejamos: “O Senhor concede sustento aos seus amados enquanto dormem”. Está claro que Deus age no “turno da noite”, que opera num momento que muitas vezes ignoramos. Dormir nesse caso tem a ver com “descansar” em Suas promessas. O texto nos faz lembrar do povo de Israel no deserto, pois o maná descia pela madrugada, quando todos dormiam (veja Êxodo 16.7).
- A expressão “seus amados” é uma referência direta a pessoas especiais. Mas, afinal quem são os amados do Senhor? Será que Deus faz acepção de pessoas? Será que Ele é parcial, amando um mais do que outro? Absolutamente não! Não é Ele quem muda segundo as circunstâncias ou se determina pelas aparências, o problema não está em Deus, mas nos seus filhos (veja Efésios 6.9).
- Estamos diante de pessoas que conhecem e se adaptam à vontade de Deus. Está em foco aqueles crentes que confiam em Deus e por isso Ele não os decepciona. Essa confiança se converte em atos concretos de obediência irrestrita e inegociável da Palavra de Deus. Quem dizima e oferta regularmente, cumpre a sua mordomia fielmente e expressa com isso a sua confiança na providência divina.
- Jesus disse a seus discípulos qual é a “marca registrada” do nosso amor a Deus; veja: “ (…) Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra. Meu Pai o amará (…) Aquele que não me ama não obedece às minhas palavras” (João 14.23,24 – NVI). Quem ama a Deus não questiona as Suas leis, não prioriza os seus próprios interesses, antes busca dar ao Senhor e a seu Reino a primazia, as primícias, o melhor e não as sobras (veja Provérbios 3.10,11; Mateus 6.33).
- Segundo o salmista, Deus demonstra o Seu amor, contentamento, alegria com os Seus filhos obedientes por meio de atos de providência, de abastança, de abundante suprimento. Paulo confirma isso quando ora pelos crentes fiéis (na mordomia- v. 15 e 16) de Filipos: “E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória, há de suprir, em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades” (Filipenses 4.19). O crente que deseja crescer financeiramente, deve se esforçar não por trabalhar demasiadamente, mas em ser fiel a Deus.
Conclusão: O esforço humano para melhorar de vida, como estudar, trabalhar, poupar e fazer bons investimentos, somente terá resultados positivos e duradouros, se contar com a bênção integral de Deus. No Antigo Testamento, encontramos uma história interessante que apoia a compreensão do resultado da nossa obediência à mordomia do dinheiro, e trata da mãe de Moisés que não podendo ocultá-lo dos soldados de Faraó, acabou por “entregá-lo” aos cuidados de Deus e Ele por sua vez devolveu a criança para Joquebede, mas acompanhada de um salário regular (veja Êxodo 2.1- 10). Pois é precisamente isso que nos acontece quando decidimos entregar ao Senhor nossos dízimos e ofertas, Ele nos abre as janelas e portas do céu a fim de suprir ricamente cada necessidade que tivermos (Malaquias 3.10).
Pr. Josias Moura de Menezes
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